Após a disparada da sessão anterior, o dólar chegou a oscilar abaixo dos R$5,40 nesta segunda-feira, mas o “risco Flávio Bolsonaro” reduziu o espaço para ajustes e fez a moeda norte-americana fechar com uma baixa leve.
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O dólar à vista encerrou a sessão com leve queda de 0,23%, aos R$5,4220. No ano, a divisa acumula perdas de 12,25%.
Às 17h03, o contrato de dólar futuro para janeiro – atualmente o mais líquido no Brasil – cedia 0,31% na B3, aos R$5,4505.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,422
- Venda: R$ 5,422
Dólar Turismo
- Compra: R$ 5,439
- Venda: R$ 5,619
No domingo, porém, Flávio Bolsonaro disse que há uma possibilidade de não ir até o fim na disputa eleitoral, mas que sua desistência teria um preço, a ser anunciado nesta segunda-feira. Especula-se que o preço poderia estar relacionado ao interesse da família de buscar a aprovação da anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Com a sinalização de que Flávio Bolsonaro poderá não ser candidato, deixando o caminho aberto para Tarcísio, o dólar oscila em baixa ante o real nesta segunda-feira, ainda que o movimento esteja longe de compensar o forte avanço da sexta-feira.
No exterior, as atenções estão voltadas para a decisão do Federal Reserve sobre juros, na próxima quarta-feira. A expectativa é de que o Fed corte a taxa, hoje na faixa de 3,75% a 4,00%, em 25 pontos-base.
Também na quarta-feira o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil deliberará sobre a Selic, hoje em 15% ao ano. Neste caso, as apostas são quase unânimes na manutenção da taxa básica.
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O diferencial de juros entre Brasil e EUA tem sido apontado como um dos principais fatores para o dólar ter se mantido em níveis mais baixos nas últimas semanas, entre R$5,30 e R$5,40. Na última sexta-feira, a notícia sobre a indicação de Flávio Bolsonaro impulsionou as cotações para além desta faixa.
No boletim Focus divulgado nesta manhã, a projeção mediana dos economistas para o dólar no fim de 2025 seguiu em R$5,40 e no fim de 2026 permaneceu em R$5,50. Os economistas projetam uma Selic de 15% no encerramento deste ano e de 12,25% no final do próximo ano.
(Com Reuters)
Fonte: infomoney